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Our Great Adventure
Por volta da meia noite quando estacionamos o carro, já se sentia frio. Combinamos um preço com um dos muitos locais que por ali andavam para nos levar a ver o nascer do sol de frente para o Mt. Bromo. E assim foi, às 4h da manhã, depois de uma tentativa falhada de dormir no carro (o Mr. Agung ressonava que nem um animal), eis que nos batem no vidro para iniciarmos a nossa pequena aventura! No alto da montanha, áquela hora faz mesmo frio. Já não nos lembrávamos da sensação! Entramos para as traseiras de um jipe e seguimos viagem. A estrada de alcatrão terminou logo e deu lugar a uma estrada de terra batida. Por entre os solavancos do terreno acidentado éramos ultrapassados por motas como num verdadeiro rally e apenas quando começamos a subir é que nos apercebemos das dezenas de jipes que nos seguiam em fila indiana e cujas luzes atravessavam a escuridão da noite. O breu não nos permitiu ver a beleza do que nos rodeava, coisa que só veríamos pela manhã. Quando chegamos perto do topo, o jipe teve de estacionar atrás do ultimo jipe já estacionado. Saltamos porta fora, e a tiritar de frio, caminhamos avidamente até chegarmos ao tão desejado spot, onde já centenas de pessoas aguardavam o nascer do sol! O relógio marcava já 5h30 quando se começaram às ver as primeiras cores desenhadas no céu. Não tardou, e o azul celeste deu lugar ao laranja avermelhado! Os raios de sol apareceram por trás da montanha deixando finalmente à vista uma das paisagens mais incríveis que já vi até hoje. Um aglomerado de vulcões, uns com um cone mais perfeito, outros com caldeira destruída e outros ainda a fumegar. A envolvê-los estava o mais perfeito manto de nevoeiro! Esta paisagem, assim com as cores da manhã era simplesmente de cortar a respiração! Mal o sol nasceu, grande parte das pessoas abandonou o local e pudemos então ter liberdade para a melhor sessão de fotos possível;) As poucas lojinhas que por ali havia, além de postais e de ímans, serviam bebidas quentes e noodles acabadas de fazer para os visitantes começarem o dia com um bom pequeno-almoço. De volta ao nosso jipe, lá descemos o Mt. penajakan?? em direcção ao Mt. Bromo. Já íamos tão extasiados que nem queríamos fazer mais paragens. O nosso driver foi nosso amigo e levou-nos até à entrada da cratera fumegante do Mt. Bromo. As dezenas de jipes multicoloridos continuavam a acompanhar-nos. No meio da poeira causada pela areia vulcânica, cavaleiros em póneis tentavam aliciar os turistas a cavalgar até à escadaria que dava acesso ao vulcão. Eram já 7h30 quando tiramos os casacos, o calor já se fazia sentir com muita intensidade. Ao chegar à escadaria, deparamo-nos com uma fila interminável e cometemos a loucura de subir ao vulcão pela ladeira inclinada. Foi uma tarefa difícil e cansativa, debaixo daquele sol quente, mas tudo se esqueceu quando contemplamos aquela nuvem de fumo/vapor branco que brotava das profundezas do vulcão. É incrível a sensação de estar abeirada sobre a cratera de um vulcão activo e em constante ebulição. O pensamento de que a qualquer momento uma erupção pode ocorrer tornam esta visita ainda mais especial. Mas se probabilidade de fazer uma visita a um local destes e algo acontecer é relativamente alta, o que dizer de todos estes locais que convivem todos os dias com o perigo, usando-o como seu ganha-pão? De volta ao nosso carro e com um Mr. Agung cheio de sono, seguimos em direcção a Surabaya onde algumas horas mais tarde fomos visitar a House of Sampoerna. Por ser feriado nacional, não pudemos ver os trabalhadores da fábrica a enrolarem manualmente os cigarros, mas um bom vídeo que nos foi disponibilizado elucidou-nos a mente. Fiquei a saber que estes cigarros são feitos através de uma mistura de tabaco e cravinho e são vendidos um pouco por todo o lado. O Mr. Agung a nosso pedido levou-nos a ver o hospital onde no dia seguinte iríamos fazer os exames médicos. Encontramos uma guest house super moderna mesmo lá perto e dispensamos o Mr. Agung um par de horas mais cedo, que se foi embora todo contente. Depois de dormirmos uma merecida sesta, aventuramo-nos pelas ruas vizinhas para jantar. Por vezes esqueço-me como pode ser tão desconfortável andar na rua aqui na Indonésia. Sou branca e mulher, toda a gente me olha desconfiada, principalmente porque eu não ando tapada como as locais.. Numa barraquinha encontramos alguma comida local do tipo padang (já pronta em pratinhos, é só escolher o que queremos, tipo Buffet), e pagamos 27000 Rp, uns míseros 2€! Os senhore ficaram todos contentes, pois o tasco encheu, depois dos "bulés" se sentarem lá a comer.
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