Às 6h já estávamos de pé a tomar o breakfast na town beach enquanto esperávamos ansiosamente pela chegada do bus. À hora marcada eles chegaram e enquanto íamos apanhando as restantes pessoas, foram-nos explicando a história da cidade que foi fundada por americanos que construíram as 13 antenas de comunicação para submarinos. Chegados ao barco, a crew foi-nos apresentada e eram bastante prestáveis e amistosos. A primeira paragem para snorkelling foi espectacular, já estávamos suficientemente afastados da costa e os corais eram grandes. As águas estavam também mais transparentes apesar do vento que se fazia sentir. Mal voltamos ao barco esperava-nos o morning tea, delicioso com café personalizado e tudo. Saímos da zona de coral e o mar ficou muito mais agitado, tive de sair da proa senão ainda ia borda fora. Um dos alemães ainda alimentou os peixes quando chamou o Gregorio. Continuávamos sem notícias de tubarões baleia; o avião alargou a busca mas ainda não se via nada:( Voltamos a entrar na zona de coral e paramos novamente para snorkelling. Desta vez foi ainda melhor. Dois tubarões e uma raia foi o que de maior vimos. Tartarugas só muito ao longe qd estávamos no barco. Almoçamos ali mesmo um buffet de saladas e fruta novamente com café personalizado. Já estávamos a perder a esperança qd fomos avisados que um tubarão baleia tinha sido avistado junto à passagem norte do coral. Lá fomos a todo o vapor e quando vimos o bicho fomos divididos em grupos. O nosso grupo de 10 incluía a família de 5 japonas, um casal sueco (que ficou nosso amigo, a Ulrika e o Anders), uma irlandesa e nós. Saltamos do barco e foi uma sensação estranha de ficar à deriva em alto mar. Ainda nem tinha percebido bem o que estava a acontecer, o tubarão baleia deveria passar no meio do grupo mas deveríamos manter 3m de distância do corpo e 4m da cauda. Só ouvi a guia Tara "get your eyes on the water". Mal ponho os olhos na água está o dito cujo a passar junto a mim. Qual distância de segurança qual quê! Tive de fugir para ele não me acertar com a cauda. Não me lembro de ver a cabeça só o corpo e a cauda. Rapidamente desapareceu. Acho que nem 5 segundos foram. Felizmente o Ricardo captou tudo com a GoPro. Que sensação esquisita, por um lado extraordinária por estar a ver o maior peixe do mundo, por outro de pequenez a sentir algum perigo no meio do oceano. A água estava tão turva que parte do grupo não conseguiu ver o animal. O barco voltou para nos apanhar e aí sim eu senti-me como uma náufraga. O mar estava muito agitado, a corrente muito forte e nós 10 ( incluindo 3 crianças) todos agarrados a uma corda a tentar subir a borda não foi pêra doce. Precisei de uns minutos para recuperar o fôlego e perceber o que tinha acabado de ver. Entretanto o segundo grupo saltou para a água e aconteceu o mesmo. Só alguns sortudos tiveram o privilégio de ver o animal acidentalmente. Fomos avisados que já não voltaríamos à água pois as condições não o permitiam. No fundo era suposto nós todos vermos e nadarmos com o tubarão baleia. A 3 islands considerou que a visita não foi bem sucedida e ofereceu-nos um refund de 50%. Tivemos uma experiência "extreme" e ainda nos devolveram metade do valor! Que grande sorte! O snorkelling foi muito bom, a equipa foi excelente e só lamento não ter aparecido uma tartaruga! No final do dia tomamos um belo banho nos chuveiros da town beach e ainda passamos um bom bocado na companhia do Zach e do seu irmão que morava em Exmouth. O Zach estava a trabalhar em Nanutarra e não tinha tido oportunidade de ir à nossa festa de despedida. Dormimos em frente à casa deles.