Profile
Blog
Photos
Videos
Our Great Adventure
Acordamos entusiasmados com a perspectiva de irmos andar de avião.
Comemos qq coisa rápido e seguimos para o hangar. O piloto chegou
entretanto com mais 3 pessoas. Éramos 6 ao todos por isso já se imagina o
tamanho do avião. Era mesmo só para 6 pessoas:) o piloto Adam é o dono e
faz um pouco de tudo na empresa. Super simpático explica as regras
enquanto entramos para o Cessna 210. Pomos os auscultadores e levantamos
voo. Tranquilo. Nada que nos fizesse ficar indispostos. Sobrevoamos
primeiro os sistemas de irrigação onde nos foi explicado um pouco de
como funciona a zona de Kununarra relativamente a subsistência própria. A
área dos canais de irrigação faz o Alentejo ficar com inveja. Seguimos
em direcção ao lago Argyle, a 2ª maior Albufeira artificial da Austrália
e 8ª maior do mundo. Via-se o dique no Ord River e o parque
de caravanas com uma vista espectacular sobre o lago. O lago tinha
cerca de 40km de comprimento e o piloto explicou que Kununurra tinha
tanta água disponível que sem sequer precisavam de tirar água do lago
para se abastecerem. Contudo, a maior parte da água disponível na região
ia para os canais de irrigação para fins de agricultura. Continuamos a
voar para Sul e entramos no Purnululu National Park para ver os Bungle
Bungles. Foi-nos tb explicado que este sítio foi dado a conhecer ao
mundo um pouco por acaso, qd uma equipa de filmagens veio fazer um
documentário sobre o Wolfe Creek (queda de um meteorito) e lhes pediram
para dar uma vista de olhos no local. O cameraman filmou cerca de 3h a
partir de um helicóptero e no fim quando viram tinham material não só
para um mas para dois documentários. O Bungle Bungles acabou por passar
na tv e em horário nobre.E de facto, as cores dos maciços são
únicas. O padrão beehive como eles chamam resulta de sobreposições de
camadas de areia e gravilha.Tiramos fotos magníficas. Na
vinda passamos pela maior mina de diamantes do mundo. Mais uma vez,
descoberta por um mero acaso. Dois geólogos da Rio Tinto (antes com
outro nome) descobriram dois diamantes enquanto procuravam urânio para
uma empresa alemã. Após alguns estudos, descobriram um antigo vulcão
onde se encontrava o maior depósito de diamantes do mundo. Como o
contrato apenas mencionava urânio, os australianos mantiveram-se calados
nos dois anos seguintes até o contrato de subempreitada estar a
terminar. Seis meses antes porém, houve uma fuga de informação (álcool e
mulheres à mistura) e todas as empresas na área incluindo os alemães
souberam que a Rio Tinto tinha achado diamantes na zona, mas não sabiam
concretamente onde. Imediatamente todos os carros da Rio Tinto começaram
a ser seguidos na esperança de alguém descobrir onde estavam os
diamantes. A Rio Tinto estratégicamente mudou-se de armas e bagagens
para El Questro e todos pensaram ser aí o Ponto X. Empresas trataram de
comprar terras circundantes pensando estar a antecipar-se e mal o
término do contrato chegou, os alemães não o renovaram.Imediatamente
no dia seguinte a Rio Tinto tomou as precauções legais para se instalar
junto ao lago Argyle. O comunicado de imprensa saiu dizendo que o
maior depósito de diamantes cor-de-rosa do mundo tinha sido achado. Os
alemães tentaram em vão recorrer, mas o contrato era claro, só estavam
interessados em urânio.A partir daí, todos os contratos foram
alterados pelo governo para qq substância/artefacto/produto que seja
achado tenha de ser declarado.Houve ainda tempo para outras
histórias relativas à segurança do complexo. A probabilidade de
encontrar um diamante em qualquer pedrinha é tão grande que o
dispositivo de segurança é pior que qualquer aeroporto. Além de incluir
"raio-x", a cada dezassete é trazida a pessoa para busca. Aleatoriamente
pode ter que esvaziar os bolsos, ficar de cuecas, ou....a terceira
opção é óbvia!Dias mais tarde ficamos a saber que o Lino
ajudou na construção da mina (o que dá para perceber o quão recente é
esta história), numa altura em que ainda não havia segurança. Algumas
pedras o Lino tem em casa.Quando a visita acabou, às 8h
seguimos caminho em direção a Katherine, que ficava a 600km. Pouco
depois de Kununurra, vimos a placa de saída de WA e de entrada em NT.
Finalmente o estado que faltava! Na direcção oposta, há uma quarentena
pois há muitos alimentos, como frutas, ovos ou carnes que não podem
passar. Ao entrar no NT não há qq restrição pelo que seguimos
alegremente. Almoçamos em Timber Creek. Havia no centro recreativo
alguns chuveiros e água geladinha à disposição. Pedimos se podíamos
utilizar os chuveiros e com boa disposição foi-nos dito "com certeza"!
Segundo eles éramos os primeiros portugueses a parar por aqui. O banho
soube soube tão bem que resolvemos almoçar ali na sombrinha junto à água
gelada. Ainda vimos uma série no computador e só depois nos lembramos
que a hora mudara em NT. Tínhamos então hora e meia de atraso. Paramos
para dormir um pouco antes de Katherine mas com a confusão das horas já
chegamos de noite. Um casal simpático emprestou-nos uma super lanterna
enquanto cozinhávamos e jantávamos. Inventei um sistema infalível para
abrirmos as janelas todas sem entrarem mosquitos através das redes e de
molas. Muito calor. Foi difícil dormir.
Comemos qq coisa rápido e seguimos para o hangar. O piloto chegou
entretanto com mais 3 pessoas. Éramos 6 ao todos por isso já se imagina o
tamanho do avião. Era mesmo só para 6 pessoas:) o piloto Adam é o dono e
faz um pouco de tudo na empresa. Super simpático explica as regras
enquanto entramos para o Cessna 210. Pomos os auscultadores e levantamos
voo. Tranquilo. Nada que nos fizesse ficar indispostos. Sobrevoamos
primeiro os sistemas de irrigação onde nos foi explicado um pouco de
como funciona a zona de Kununarra relativamente a subsistência própria. A
área dos canais de irrigação faz o Alentejo ficar com inveja. Seguimos
em direcção ao lago Argyle, a 2ª maior Albufeira artificial da Austrália
e 8ª maior do mundo. Via-se o dique no Ord River e o parque
de caravanas com uma vista espectacular sobre o lago. O lago tinha
cerca de 40km de comprimento e o piloto explicou que Kununurra tinha
tanta água disponível que sem sequer precisavam de tirar água do lago
para se abastecerem. Contudo, a maior parte da água disponível na região
ia para os canais de irrigação para fins de agricultura. Continuamos a
voar para Sul e entramos no Purnululu National Park para ver os Bungle
Bungles. Foi-nos tb explicado que este sítio foi dado a conhecer ao
mundo um pouco por acaso, qd uma equipa de filmagens veio fazer um
documentário sobre o Wolfe Creek (queda de um meteorito) e lhes pediram
para dar uma vista de olhos no local. O cameraman filmou cerca de 3h a
partir de um helicóptero e no fim quando viram tinham material não só
para um mas para dois documentários. O Bungle Bungles acabou por passar
na tv e em horário nobre.E de facto, as cores dos maciços são
únicas. O padrão beehive como eles chamam resulta de sobreposições de
camadas de areia e gravilha.Tiramos fotos magníficas. Na
vinda passamos pela maior mina de diamantes do mundo. Mais uma vez,
descoberta por um mero acaso. Dois geólogos da Rio Tinto (antes com
outro nome) descobriram dois diamantes enquanto procuravam urânio para
uma empresa alemã. Após alguns estudos, descobriram um antigo vulcão
onde se encontrava o maior depósito de diamantes do mundo. Como o
contrato apenas mencionava urânio, os australianos mantiveram-se calados
nos dois anos seguintes até o contrato de subempreitada estar a
terminar. Seis meses antes porém, houve uma fuga de informação (álcool e
mulheres à mistura) e todas as empresas na área incluindo os alemães
souberam que a Rio Tinto tinha achado diamantes na zona, mas não sabiam
concretamente onde. Imediatamente todos os carros da Rio Tinto começaram
a ser seguidos na esperança de alguém descobrir onde estavam os
diamantes. A Rio Tinto estratégicamente mudou-se de armas e bagagens
para El Questro e todos pensaram ser aí o Ponto X. Empresas trataram de
comprar terras circundantes pensando estar a antecipar-se e mal o
término do contrato chegou, os alemães não o renovaram.Imediatamente
no dia seguinte a Rio Tinto tomou as precauções legais para se instalar
junto ao lago Argyle. O comunicado de imprensa saiu dizendo que o
maior depósito de diamantes cor-de-rosa do mundo tinha sido achado. Os
alemães tentaram em vão recorrer, mas o contrato era claro, só estavam
interessados em urânio.A partir daí, todos os contratos foram
alterados pelo governo para qq substância/artefacto/produto que seja
achado tenha de ser declarado.Houve ainda tempo para outras
histórias relativas à segurança do complexo. A probabilidade de
encontrar um diamante em qualquer pedrinha é tão grande que o
dispositivo de segurança é pior que qualquer aeroporto. Além de incluir
"raio-x", a cada dezassete é trazida a pessoa para busca. Aleatoriamente
pode ter que esvaziar os bolsos, ficar de cuecas, ou....a terceira
opção é óbvia!Dias mais tarde ficamos a saber que o Lino
ajudou na construção da mina (o que dá para perceber o quão recente é
esta história), numa altura em que ainda não havia segurança. Algumas
pedras o Lino tem em casa.Quando a visita acabou, às 8h
seguimos caminho em direção a Katherine, que ficava a 600km. Pouco
depois de Kununurra, vimos a placa de saída de WA e de entrada em NT.
Finalmente o estado que faltava! Na direcção oposta, há uma quarentena
pois há muitos alimentos, como frutas, ovos ou carnes que não podem
passar. Ao entrar no NT não há qq restrição pelo que seguimos
alegremente. Almoçamos em Timber Creek. Havia no centro recreativo
alguns chuveiros e água geladinha à disposição. Pedimos se podíamos
utilizar os chuveiros e com boa disposição foi-nos dito "com certeza"!
Segundo eles éramos os primeiros portugueses a parar por aqui. O banho
soube soube tão bem que resolvemos almoçar ali na sombrinha junto à água
gelada. Ainda vimos uma série no computador e só depois nos lembramos
que a hora mudara em NT. Tínhamos então hora e meia de atraso. Paramos
para dormir um pouco antes de Katherine mas com a confusão das horas já
chegamos de noite. Um casal simpático emprestou-nos uma super lanterna
enquanto cozinhávamos e jantávamos. Inventei um sistema infalível para
abrirmos as janelas todas sem entrarem mosquitos através das redes e de
molas. Muito calor. Foi difícil dormir.
- comments